Francisco Guerreiro
Desde que se lembra de ser gente, tem memória de apanhar o lixo perdido pelo chão, seja na praia, na serra ou na rua. Natural de Santiago do Cacém, Francisco Guerreio foi morar para Lisboa aos 3 anos, quando foi adotado. Ficou na capital até aos 11 anos, mas o divórcio dos pais levou-o novamente a mudar de morada, desta vez para Coimbra, onde ficou até se licenciar. É ecologista e humanista, mas defende que isso não acontece de repente, “não acordo um dia e digo – eu acho que sou ecologista – ou – eu acho que sou humanista. Foram várias experiências, em vários momentos, que me marcaram, e também algumas pessoas muito importantes, nomeadamente a minha mãe (que era bióloga) e um episódio da minha vida que foi ter cancro aos 6 anos. Tornou-me uma pessoa muito mais humana, no sentido de perceber a dor dos outros, porque passei por ela também”.
Iniciou a sua jornada política no PAN, onde foi assessor parlamentar do deputado único eleito no mandato de 2015, e foi com este partido que foi candidato ao parlamento europeu. Hoje já não está vinculado a este grupo político, mas integra o grupo parlamentar dos Verdes/Aliança Livre Europeia.
Conta orgulhosamente que a campanha para o parlamento europeu foi feita sobretudo com pessoas e com a proximidade de uma conversa de rua. Se dúvidas houvesse, as contas só atestam isso mesmo, já que a campanha acabou por dar menos despesas do que as inicialmente previstas. Para Francisco Guerreiro, a agenda deve ser ouvir as pessoas e as suas preocupações e “não entrar nas loucuras da caravana e da bandeirinha”. Depois de eleito, a responsabilidade aumenta e o compromisso mantém-se, “eu acho que isso é que é o fundamental: fazer um trabalho sério, moderador, a criar pontes e a cumprir o programa eleitoral, que é para isso que fomos eleitos”.
Sabe bem para onde quer caminhar e para onde quer fazer crescer a comunidade. A preservação ambiente e animal, o respeito por quem trabalha a terra, uma alimentação à base de vegetais e a reconstrução do modelo de produção alimentar, já que “desperdiçamos um terço da comida que produzimos”, são temas que o movem e pautam o seu trabalho. Garante, com ambição e esperança, que “nós já passámos a fase de tentar implementar políticas de sustentabilidade, nós temos que ir mais além e implementar políticas de regeneração. Temos que recuperar os ecossistemas que fomos destruindo”.
Artigo escrito por Joana Marques Brás, colaboradora do projeto Os 230.
Nome Completo
Francisco Guerreiro
Data de Nascimento
12/09/1984
Habilitações Literárias
- Licenciatura em Comunicação Social
Comissões Parlamentares
- Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural Membro
- Comissão dos Orçamentos PECH
- Comissão das Pescas
- Delegação para as Relações com o Japão Membro
- Comissão de Inquérito sobre a Proteção dos Animais durante o Transporte
- Delegação para as Relações com a Península da Coreia